Nas inúmeras ações previstas no convênio assinado recentemente entre o Município de Céu Azul e Itaipu, está a implantação de uma central destinada a Logística Reversa, que é a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento.
Criado em 2016, o ILOG - Instituto de Logística Reversa, que vai operacionalizar a central, é uma iniciativa do Sindibebidas do Paraná, cujo objetivo é atender aos interesses dos mais de 300 associados no cumprimento das políticas de logística reversa do Estado do Paraná e da União.
Em Céu Azul será instalada a terceira central do ILOG no Paraná, as outras duas estão em Maringá e Londrina. Para abrigar o aparato logístico serão construídos dois barracões de 1.000 m2, cada um, no antigo Viveiro Municipal. Serão duas unidades, uma para processamento de papel e papelão e outra para processamento de plástico, como garrafas pet, por exemplo. O processo industrial vai transformar as embalagens pet (garrafas) em “flakes” (flocos), agregando valor a matéria no processo de reciclagem.
A ideia é atender uma rede de associações e cooperativas de catadores num raio de 100 quilômetros da central. A meta até o final de 2019, de acordo com o convênio firmado entre o ILOG e o governo do Estado, é instalar 7 centrais espalhadas no Paraná. Na central de Céu Azul, quando em pleno funcionamento, serão criados 15 empregos diretos.
A reunião com todas as partes envolvidas no processo - Itaipú, Município de Céu Azul e ILOG -, foi na quinta-feira (26/10). Nesta ação, que dá início a execução do convênio (Itaipu/Céu Azul), envolve um valor considerável, mas, sem a contrapartida por parte do Município para a execução da obra (R$ 2 milhões) e aquisição dos equipamentos, inteiramente bancados pela binacional e pelo ILOG.
Representando o ILOG, Luiz Roberto dos Santos, lembrou que a responsabilidade do projeto é compartilhada. Ao Município cabe a entrega da obra e arcar com os custos de água e luz, já as empresas representadas pela Instituto vão dotar o espaço com todos os equipamentos necessários, além de remunerar o pessoal operacional durante 18 meses e fornecer o capital de giro inicial para compra dos recicláveis.
De acordo com o prefeito Germano Bonamigo, considerando os prazos para o trâmite de todo os processos, que envolvem a questão orçamentária, projetos, licitação e execução das obras, serão necessários pelo menos 6 meses para a central entrar em operação. A Itaipu estava representada na reunião por José Carlos Santini, da Integração Regional e técnicos do Programa Cultivando Água Boa. Participaram ainda da reunião o vice-prefeito, Marciano Boaroli, os vereadores, Telmo Cardoso, Darcy Borchart e Claudete Maranhão e o secretário de Meio Ambiente, Luiz Alberto Colleoni. O encontro foi encerrado com uma visita ao local onde será construída a estrutura.