Comitê da Dengue sofreu reformulação

O Comitê da Dengue foi criando ainda em 2011, por determinação do Ministério Público. De lá para cá, muitos desafios foram enfrentados, como as epidemias da doença em 2015 e 2016, quando Céu Azul chegou a registrar 46 e 76 casos, respectivamente. Neste mesmo período todo o Estado do Paraná sofreu com a incidência da doença, chegando a registrar mais de 56.000 casos em 2016.

Agora a realidade é bem outra. Neste ano não ouve nenhum caso registrado em Céu Azul, apenas 11 notificações, que são casos suspeitos, mas que não se confirmaram. O dado está sendo comemorado e reflete o trabalho de conscientização levado a cabo pela Equipe de Epidemiologia da Secretaria da Saúde. Leunilda Ahlmann, da Vigilância Ambiental, que chefia a equipe, apresentou os números na reunião da segunda-feira (19/6) quando foram apresentados os novos membros do Comitê. Na reunião foi apresentada ainda a real situação do controle do mosquito Aedes aegypti no município, foi discutido também o plano de trabalho que o setor tem programado e os cuidados necessários para eliminar o mosquito.

Quando o comitê foi criado, lembra Leunilda, os riscos eram menores, hoje, além da dengue, o mosquito é vetor de outras doenças, febre amarela, zika vírus e a febre chikungunya, assombram a população. “Ainda temos muitos focos do mosquito. Não podemos nos descuidar. Em 2016 bastou um caso importado para desencadear toda a epidemia que sofremos, a proliferação foi muito rápida”, lembra.

O trabalho de controle é intenso, neste ano já foram realizadas 9.336 visitas domiciliares. Uma Lei Municipal, 1544/2015, permite inclusive o uso de força policial caso o cidadão se recuse a eliminar os focos, como foi o caso em que as agentes lançaram mão do dispositivo legal e a polícia foi acionada para garantir o trabalho da equipe, onde um morador resistia a intervenção que se fazia necessária. “Não é porque não temos casos registrados que vamos relaxar. Não podemos esquecer que estamos num corredor onde pessoas do Brasil inteiro transitam, inclusive de áreas endêmicas”, reforça a secretária da Saúde, Verônica Ribeiro.