No último dia 20 de outubro, o Anfiteatro Ivar Ranzi recebeu o encerramento dos projetos “Mídias e telas: Conectados com consciência”, da Escola Municipal Olavo Bilac, e “Mais olhares, menos telas: Recriando vínculos!”, da Escola Municipal Tancredo Neves.
As iniciativas foram desenvolvidas com os alunos dos 5ºs anos A sob a orientação da professora Geralda de Oliveira, dentro do Programa A União Faz a Vida.
A ideia principal? Mostrar, sem rodeios, que o mundo vai muito além do brilho das telas – e que amizade, família, natureza e convivência ainda são as maiores tecnologias para um desenvolvimento saudável.
De junho a outubro, os estudantes embarcaram numa jornada intensa, curiosa e cheia de descobertas sobre o universo das mídias. E isso aconteceu na prática:
• Aprenderam como nasce uma notícia e como funciona a edição de um jornal com Paulo Camilotti, diretor do Jornal O Momento.
• Conheceram os bastidores da Rádio Massa FM, onde o editor e locutor Márcio Barreto colocou todo mundo ao vivo no programa, explicando de onde vem e para onde vão as informações que ouvimos.
• Receberam a visita de Ricardo Falcade e Ellen, auditores audiovisuais, que abriram os olhos da galerinha para a criação de vídeos, uso responsável da internet, fake news e perigos escondidos nas redes sociais.
• E para lembrar que o offline também é incrível, vivenciaram um dia especial na propriedade rural do Sr. Valdecir Moreira de Souza: ar livre, natureza, amora no pé, jabuticaba fresquinha, animais, brincadeiras de verdade e um piquenique cheio de risadas.
Durante todo o processo, os alunos produziram textos, participaram de rodas de conversa e aprofundaram o tema dentro do currículo escolar, unindo tecnologia e educação com propósito.
O encerramento foi potente: uma roda de conversa com pais e estudantes conduzida pela psicóloga Flávia Brandão e pelo professor e advogado Antônio Carlos Brandão, discutindo estratégias para lidar com o uso excessivo de telas e fortalecer vínculos afetivos dentro de casa. Porque educar é também olhar nos olhos, conversar, acompanhar.
O evento mobilizou toda a comunidade de aprendizagem e contou com grande participação de famílias, equipe da SEMED, Sicredi, representantes do Programa A União Faz a Vida, vereadoras, Conselho Tutelar e demais convidados.
Os alunos brilharam como verdadeiros protagonistas: recepcionaram o público, foram cerimonialistas, declamaram poesias e apresentaram uma peça teatral sobre o tema.
Eles mostraram que sabem, sim, navegar no digital — mas também sabem pousar no real quando precisam.
A professora Geralda encerrou o evento com gratidão e um recado poderoso, citando Paulo Freire:
“Educar é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Porque, no fim das contas, a tecnologia deve ser ponte — nunca muro.
E é a educação quem continua pavimentando o caminho para que cada criança transforme o mundo com consciência, afeto e coragem.